Método Introspectivo
A introspecção propõe o conhecimento das emoções através da observação interna e reflexão por parte do próprio sujeito. O indivíduo é ao mesmo tempo sujeito do conhecimento e objecto de estudo num processo de auto-observação.
A introspecção controlada implica a presença de observadores externos e estruturação da descrição das emoções.
É defendido pela corrente associativista de modo a permitir o estudo das emoções e estados da consciência de uma forma sistemática: orienta-se para o estudo do consciente.
Etapas da introspecção controlada:
1. Apresentação de pequenos estímulos visuais ou auditivos a um conjunto de observadores treinados.
2. Os sujeitos recorrem as suas emoções recorrendo a termos predefinidos.
3. Os dados eram depois relacionados e interpretados por uma equipa de psicólogos.
Este método foi desvalorizado por não conseguir evitar o subjectivismo:
· Observação e retrospecção – o conhecimento das emoções é feito depois de elas terem acontecido. A observação de um facto é distinto da sua vivência o que levaria a uma separação do ser humano em dois: o que sente e o que pensa.
· Objectividade nas emoções – ao relatarmos as nossas emoções temos a tendência de eliminar as emoções não aceites socialmente acabando por as modificar.
· Controlo exterior – não existe garantia de que as emoções expressas sejam reais.
· Racionalização – o sujeito tende a explicar as suas emoções mais fortes, apresentando as suas emoções de uma forma controlada.
· Linguagem e expressão de emoções – expressar as emoções verbalmente representa inúmeras dificuldades, o que não esta ao alcance de todos.
· Limites de aplicação – não se aplicam a fenómenos inconscientes, aos factos de natureza fisiológica.
Apesar de todas as limitações este método permite o estudo dos pensamentos e de uma tomada de consciência dos actos pelo que se continua a utilizar, embora em contextos diferentes dos propostos por Wundt.